domingo, 22 de abril de 2007

do começo


bem, eu devia ter uns 2 anos nesta foto, e talvez por esse tempo, uma queda que eu levei de uma rede, tenha me deixado meio "assim". mas, se vc se perguntou: "assim como?", eu vou torná-los inteligíveis da minha histórinha.

foi assim: em 1988, minha ilustríssima genitora, sra. Luciana Bernardo, soube que teria sou primeiro herdeiro (no meu caso: eu mesmo!) e resolveu chamá-lo(me chamar) de Wictor (é. com "w" mesmo, pra homenagear o pai do meu pai, sr."W"aldemar). e tudo correu dentro dos conformes, até que nos últimos meses de gestação, ele (eu!) resolveu, assim sem mais nem menos, mudar de posição. ninguém sabe ao certo pra que cargas d'água eu me virei, mas, sabe-se que foi a primeira vez que eu fiz algo ao contrário do que era pra fazer, e isso me rendeu uma perna mais "cangalha" do que a outra...
crescendo, o menino do cabeção da foto ao lado, teve que usar "lindas botinhas ortopédicas", o que causava o terror nos amiguinhos de escola e professora. eu literalmente, tocava o terror! e aí de quem tivesse certo, por que, afinal de contas o "do contra" aqui sou eu...
então, daí eu aprendi a escrever, e além do "3" e do "5" ao contrário, o "7" nunca ficou fora das minhas "obras primas" da infância.
daí pra começar a desenhar foi um pulo. dona lú, sempre desenhou pra eu pintar, mas eu copiava. "foi só pra ver se tu parava um pouquinho, pra eu poder estudar", palavras dela. detalhe: nunca funcionou!
e "os bonecos que começavam pelas pernas", e "acidentes em época de festa", eram sempre marca registrada do menino wictor, chamado carinhosamente de: wictinho!
e isso foi piorando... tempos depois, eu ganhei um skate! resultado: quebrei meus dedos da mão direita 5 dias antes de começar as provas de recuperação da 6ª série.
o curso de desenho veio logo em seguida... e minha vida foi ficando tranquila, até o ensino médio. como no meu aníversário de 16 anos, que eu estava numa festinha surpresa e extremamente bêbado às 8:00 da manhã.
talvez a queda da rede tenha se misturado com tudo isso; talvez seja daó que vem uma inspiração periódica, que tanto faz vir no meio da noite ou na viajem de ônibus e me toma a concentração, mas, a verdade é que eu já tentei ser normal. como eu não consegui, sinto-me em casa com meus lápis de cor e minhas idéias as avessas.

Um comentário:

Lua Durand disse...

Não importa quem eu sou.
Importa que faço questão de ser a primeira.
Não porque fui eu que dei a idéia.
Mas porque quero ser a primeira a dar os parabéns a esse garoto.
Que com um pouco de incentivo, seu potencial [que ja é muito grande] se torna ainda maior.
E que esse texto seja o principio desse blog, e um degrau para trabalhos maiores.

Pois é.

Beijo nas crianças!

Se cuida, meu bem.

ps: nunca notei a perna, e afinal, se ainda existe, mesmo assim não importa.

pps: uma grande história que me renderá um prêmio quando eu dirigir o filme:

- Um menino as avessas.
ou
- Um menino chamado Wictor.
ou
- A saga do anjo caído.
ou
- Cabeção - como tudo começou.

versatilidade, meu sobrenome.